CAROS AMIGOS

A irmã que não tive

Conheço Margarete Cristina Schwab, hoje Augusto Sá, desde que ela tinha 14 anos e portanto, conheço sua família desde então. Para ser mais exato, já nos conhecíamos há mais tempo, pois sua família havia morado na Barão do Cerro Azul, quase em frente à minha casa e posteriormente, se mudaria para a Castro Alves e continuamos vizinhos, embora ainda não fossemos amigos.
Nos tornaríamos amigos na metade dos anos 70, quando eu passei a frequentar o bairro São Bernardo, onde Margarete morava e também morava minha primeira namorada, Sônia Carneiro. Como eu ia diariamente ao bairro, passei a encontrar Margarete mais seguidamente e dessa forma ela me convidou para seu aniversário.
Fui, acompanhado de minha prima Lenita Augusto, que passava férias em minha casa e também de meus amigos Rubio Savi e Vilmar Bughay, de saudosa memória. Levei alguns discos, uma luz negra, um globo e uma estroboscópica. O engraçado é que quando se tem 17 anos, não prestamos muita atenção em crianças, daí não lembrar de seus irmãos, nessa época.
Muitos anos depois, já ambos separados e já com uma amizade sedimentada, começamos a sair juntos, uma pizza aqui, um happy hour ali, começamos a namorar e nesse caminhar, fui estreitando laço de amizade com minha cunhada Rita de Cássia Schwab. Aos poucos fomos descobrindo inúmeras afinidades eletivas, como o gosto pela música popular brasileira e pela literatura, além de nos entendermos, perfeitamente, na arte de dançar.
Rita é uma mulher sensível, delicada e de bom gosto e em não raras ocasiões, na ausência de Margarete, me acompanhou em eventos da cultura, durante o período em que fui diretor presidente da Fundação de Cultura de ‑­
União da Vitória e como eu, também não dirige e como tal íamos a pé para casa. O mesmo fazendo quando saíamos para um chopp, eu a levava para sua casa e seguia a pé para minha casa. Muitas vezes Rita foi confundida com a Marga, outros ficavam em dúvida por que o cabelo de Rita é bem mais curto.
Enquanto eu estive à frente da Cultura, Rita foi umas das principais amigas da cultura e como tal uma de minhas principais incentivadoras.
Tanto que, quando não encontro algumas velhas canções em alguns sites, recorro a Rita, que habilmente, tudo encontra, e, posteriormente, me envia. Leitora voraz, costuma ler um livro em um ou dois dias, para depois trocarmos impressões sobre o que lemos.
Rita mais que uma caríssima amiga é a irmã que não tive.

28 de novembro de 2013 – Delbrai Augusto Sá

Clique para comentar
Sair da versão mobile