CULTURA LATINA

Frida Kahlo: la hija de la revolución

(Frida Kahlo: a filha da revolução.)

Uma das personagens mais marcantes da história mexicana, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón foi revolucionária, patriota e comunista. Sua vida foi repleta de superações e sofrimentos que eram refletidos em sua arte.

Uma das pintoras mais prestigiadas do mercado internacional da arte, começou a pintar para aliviar a dor.

Frida nasceu em 1907 no mês de julho, em Coyocán no México, filha de Matilde Calderón y Gonzalez e do fotógrafo Guilhermo Kahlo.

Sempre foi apaixonada pela história do México, isso demonstrava na sua arte e em seu vestuário. Em 1913, Frida contagiou-se com poliomielite, a primeira de uma série de doenças que sofreu na vida. Acidentes, lesões e operações também fizeram parte de sua história. A poliomielite como sequela deixou um de seus pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra, por isso ganhou o apelido de Frida pata de palo (Frida perna de pau).

Passou então a usar calças, e posteriormente longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas. Entretanto o fato que mudaria para sempre sua vida ocorreu aos 17 de setembro de 1925, na época em que estudava na Escola Preparatória Nacional, ao retornar para casa após o término das aulas, sofreu um grave acidente. O bonde, no qual trafegava, colidiu com um trem. O para choques de um dos veículos perfurou suas costas, e atravessou a pélvis, ocasionando uma grave hemorragia. Frida permaneceu muitos meses entre a vida e a morte no hospital, foi operada diversas vezes e teve que usar coletes ortopédicos, de múltiplos materiais.

Durante a sua longa recuperação, começou a pintar, usando uma caixa de tintas de seu pai, um cavalete adaptado e um espelho sobre sua cama. Sua primeira obra foi um autorretrato dedicado ao seu noivo Alejandro, que havia lhe abandonado, após o acidente.

Após dois anos de seu acidente Frida levou uma de suas obras a um famoso pintor que conhecera na época em que frequentava a escola Preparatória Nacional. Seu nome era Diego Rivera. Esse encontro resultou na paixão de ambos e na revelação de uma grande artista. Com seus 22 anos, em agosto de 1929 Frida e Diego (então com 43 anos) se uniram em matrimônio. Tiveram uma relação muito tumultuada, eles tinham o gênio forte, ela era bissexual e ambos tiveram casos extraconjugais. Durante o casamento, embora tenha engravidado mais de uma vez, sofreu abortos e por esse motivo nunca teve filhos. Após muitas traições do marido, Frida acaba flagrando sua irmã e Diego na cama, diante do fato em um ato de exaltação, vai até seu espelho e corta os seus longos e negros cabelos.

Posteriormente a essa outra tragédia em sua vida, separa-se dele e vive novos amores com homens e mulheres… no ano de 1936, Frida realizou novas cirurgias no pé, ainda sofria com um problema de úlcera, anorexia e dores na coluna. Conquanto, no ano seguinte conheceu Leon Trotski, que foi abrigar-se – se juntamente com sua esposa Natália Sedova, em sua casa em Coyocán. Não muito tempo depois Frida torna-se amante de Trotski, um de seus mais famosos casos de amor. Algum tempo depois conheceu o escritor e famoso teórico do surrealismo André Breton, que a apresentou a Julian Levy o qual era dono de uma galeria de arte em Nova York; Frida então teve sua carreira como pintora alavancada. Levy organizou sua primeira exposição individual, a qual foi um grande sucesso, e logo a mexicana estava expondo suas obras em Paris, onde conheceu renomados pintores como: Max Ernest, Picasso, Marcel Duchamp entre outros. Kahlo foi a primeira mexicana a expor seu trabalho no Museu do Louvre em Paris, contudo apenas um ano antes de sua morte, conseguiu realizar a sua tão sonhada exposição na Cidade do México.

Em 1940 une-se novamente a Rivera, e o segundo casamento deles foi tão tempestuoso quanto o primeiro, marcado por muitas brigas. Uma curiosidade é que ao voltar para Diego, ela ergueu uma casa idêntica a dele, ao lado da que eles tinham vivido. Essa casa era ligada por uma ponte e eles viviam como marido e mulher, todavia sem morarem sob o mesmo teto, se encontrando nas madrugadas. Depois da morte de seu pai, Frida e o marido mudaram – se para a “Casa Azul”, onde atualmente é um museu em sua homenagem, que ganhou a retrospectiva de suas obras com fotografias, vestidos, livros, desenhos e muitos outros objetos. Entre os anos de 1942 e 1950, a lutadora Frida é obrigada a fazer algumas cirurgias, e passou um longo período no hospital, tendo até que usar uma cadeira de rodas. Um ano antes de sua morte teve uma gangrena na perna, o que levou a uma cirurgia na qual teve a mesma amputada na altura do joelho. Porém mesmo em sua frágil condição Frida em uma cadeira de rodas foi participar de uma manifestação contra a interdição norte americana na Guatemala, em 1954.

No mesmo ano em 13 de julho a pintora foi encontrada sem vida em seu leito. A declaração oficial foi de que ela teria tido uma embolia pulmonar, porém muitos não descartam a possibilidade de suicídio, pois a última frase de seu diário foi: “Espero a partida com alegria… espero nunca mais voltar”.

Essa guerreira audaz teceu um elo imperecedouro entre obra e vida, com o acoplamento de suas tintas e seu sangue.

   “Eu nunca pinto sonhos ou pesadelos. Pinto minha própria realidade”

Frida Kahlo

Gracias muchachos, un fuerte abrazo y hasta…

27 de fevereiro de 2014 – ​Suelen Kukul Bracho

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