CULTURA LATINA

Moctezuma II: O lendário imperador asteca

Filho de Axayácatl, o soberano Moctezuma II, (também chamado Motecuhzoma Xocoyotzin, ou ainda Montezuma como é comumente empregado) era dominador, emblemático, austero e humano. Moctezuma II foi o último imperador asteca eleito antes da chegada dos espanhóis, entre os anos de 1502 e 1520. Governou um amplo império onde atualmente é o México. Simbolizou o choque dos mundos que ocorreu quando os espanhóis chegaram a Mesoamérica.
Moctezuma II tinha pouco mais de trinta anos quando ascendeu ao trono e terminou de dominar os povos do México central. O imperador tinha a reputação de ser um grande estrategista, guerreiro audacioso e bem articulado, além de possuir boa altura e forma esbelta banhava-se diariamente, o que para os espanhóis era uma novidade.
De acordo com estudos arqueológicos, o povo asteca chegou onde atualmente é a Cidade do México, por volta do ano de 1200 e lá fundaram sua capital a cidade de Tenochtitlán em uma ilha que ficava dentro do lago Texcoco. Naquela época, haviam diversos lagos em volta da cidade os quais foram soterrados após a queda do império. A sede do império asteca contava com aproximadamente 250.000 habitantes, exibia ruas retas e um sistema de canais perfeito, sem nenhum sinal de poluição.
Eram dedicados à guerra e dilataram muito as técnicas agrícolas, erigindo obras de drenagem e ilhas de cultivo onde plantavam a pimenta, o milho e também o cacau, cuja semente era usada como moeda entre o povo. Seu artesanato era abastadíssimo, com ênfase para a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. Eram politeístas, e sua escrita era representada através de desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas, eles ainda desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.
Na arquitetura construíram abissais pirâmides, as quais foram utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses, pois astecas acreditavam que através de sacrifícios, poderiam deixar os seus deuses mais plácidos e felizes.
No ano de 1507 deu-se o fim de um dos ciclos de 52 anos que regiam o calendário asteca (uma espécie de prenúncio para o fim do mundo). O sol voltou a nascer, contudo fizeram muitos sacrifícios humanos, homens eram flechados, afogados ou imolados sobre um altar onde quatro sacerdotes seguravam o infeliz e o quinto com uma faca de pedra vulcânica fazia um corte do abdômen ao peito, para arrancar o coração ainda pulsando. Moctezuma II estava no apogeu , quando em 1519, Cortés chegou ao lado de seus homens. Alguns historiadores abdicam por considerar desmoralizante, a explanação de que o soberano Moctezuma II viu nos conquistadores espanhóis a realização de uma profecia sobre o retorno de Quetzacóalt, (o deus pássaro serpente). Sua religião dizia que o deus viria em forma de um homem, com barba e pele branca; e quando isso sucedesse os astecas deveriam recebê-lo com os braços abertos. O fato é que Moctezuma II recebeu os espanhóis no seu palácio e os cobriu de presentes: ouro e turquesa. Hernán Cortés descreveu a impressionante cerimônia em que o imperador, cercado por vários nobres recebeu os espanhóis, marchando por uma bela rua larga e reta que podia ser vista do começo ao fim.
A reverência foi fragmentada e logo seguiu – se a destruição. O imperador foi feito refém e mantido preso por Cortés, o que provocou a revolta do povo asteca. Apesar de estarem em minoria, os espanhóis saíram vitoriosos, pois possuíam armas como, por exemplo, os canhões, mosquetes, espingardas e alguns cavalos (o que surpreendeu os astecas, pois para os mesmos o animal era desconhecido). Com os espanhóis vieram também as epidemias o que teve um resultado devastador na população asteca que não conhecia e tão pouco sabia como tratar de enfermidades como gripe, tuberculose, pneumonia, varíola e a catapora entre outras. Os espanhóis ainda contaram com uma das armas mais poderosas em uma guerra: a informação. Pouco após sua chegada em Tabasco, encontraram duas pessoas que lhe foram muito úteis: Jerônimo Aguilar, um náufrago espanhol, que havia sido aprisionado pelos maias na península de Yucatán e que dominava bem a língua maia, (um dos idiomas falados no império asteca) e Malinche, conhecida também como Malinali uma moça indígena que era conhecedora de muitas línguas, entre elas o nahuatl (também falado pelos astecas).
Após um longo assédio em 1521 Tenochtitlán caiu sob o comando dos espanhóis, começando aí uma extensa história de colonização de um amplo território. Os colonizadores estabeleceram o nascimento de uma “Nova Espanha” fundamentada nos valores cristãos. A causa que levou a morte do poderoso Moctezuma II ainda é um fato que causa muitas contestações. Na versão espanhola Moctezuma II foi apedrejado até a morte. Segundo o povo asteca o imperador foi morto pelos espanhóis enquanto os astecas expulsavam as forças espanholas de Tenochtitlán. Contudo a fama e a glória de Moctezuma II como soberano líder e guerreiro jaze ainda hoje e prossegue ainda mais lendária e encantadora.

Gracias por todo mis amigos….
Un fuerte abrazo y hasta…

4 de outubro de 2012 – ​Suelen Kukul Bracho

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