CRÔNICA

Tiras de um cretino

Tem horas que me pego pensando em Donald Trump. Vamos redefinir: me pego pensando no que ele diz. O cara acorda a nação com declarações atômicas em seu Twiter. Começou o jogo com o gordinho babão da Coreia do Norte. Acho que podemos ganhar uma grana com isso. Montamos uma banca – clandestina, off course – e apostaremos em quem fala mais merda, ele ou o adiposo comunista. Páreo dificílimo. Depois, quando usarem seus brinquedinhos atômicos, vamos iniciar outra disputa: quem será o imperador da Poeira do Norte e da Poeira do Território de Guam. Acho que o gordicho sai na frente.


Falando em gordinho babão, será que ele enviou reforço ao cumpanhero Maduro da Venezuela? Não tem nada demais em perguntar isso, como já me cobram aquelas vozes que me atormentam quando sento a bunda para escrever. Se até a esquerda brasileira enviou uma parte do Exército de Brancaleone para lá, por que não ele? Afinal, onde tem a fuzarca produzida pela esquerda, tem o Zé Franjinha aplaudindo a cumpanherada.


Na boa. Nós poderíamos mandar o Temer e toda a cambada de deputados comprados para a Venezuela. Seriam ótimos como sacos em trincheiras. O Aécio iria de brinde junto com o Sarney e o Calheiros. O resto a gente deixava aqui para quando as Forças Armadas da República Dominicana invadir nosso território.


“E se a Coreia do Norte invadir, o que faremos”, pergunta um interlocutor. Ora, jogamos comida e celulares com Wi-Fi. Neutralizamos essa cambada em menos de dois minutos. E respondendo a segunda pergunta, se os russos invadirem, os levamos para as praias do Rio com um carregamento de vodka e os largamos lá. Em pouco mais de quarenta e oito horas estarão derrotados.


O que me preocupa de verdade é a possibilidade de sofrermos um ataque do exército boliviano. É sugerido pelo serviço secreto da Banânia que usariam bombas de cocaína em nossos exércitos e civis. Imagine o estrago. Com a loucarada que anda por aí, estaríamos conquistados em pouco mais de cinco horas. Se adicionarmos a turma da pinga, novela e futebol, aí não fecha nem três horas. “Tamo morto”, como diria Jorge “Tuba” Temer – não tem nada a ver com o vampirão do Planalto.


Número de venezuelanos pedindo visto para permanecer no Brasil dobra a cada mês. Não sei não. Isso é perigoso. Agentes de Maduro podem adentrar aqui e começar a mesma zona nessas terras abençoadas pelo Criador.


Estão me dizendo que sou idiota. Perguntam por onde andei nos últimos catorze anos. Afirmam que não precisamos dos venezuelanos. Temos nossos próprios projetos de ditadores sanguinários. Sabe que é mesmo? Como sou trouxa. De boca fechada e mãos nos bolsos sou um gênio. Esqueci que a senadora paranaense Gleisi Hoffmann apoia publicamente Maduro e seus assassinatos (assim como Lula já escancarou que há “democracia em excesso” por lá). Cada dia minha cabeça funciona menos. Até parece que estou sofrendo da mesma amnésia que assola muitas cabecinhas tupiniquins.


João Dória é usado como alvo em lançamento de ovos lá na Bahia. Então a crise não está tão braba assim. Acho que sai mais barato ir varrer a Paulista. No máximo vai ouvir que isso não cola.


Perguntam o tempo todo por que escrevo tanta besteira? O que poderiam esperar de mim, um cretino superior completo? Não esqueça que sou brasileiro, e não desisto nunca…


Na semana que passou estivemos na redação do Caiçara. Uma conversa descontraída com os confrades Margarete Augusto Sá e Cadinho Vieira comandou o breve encontro. Tá certo. Falamos também mal dos políticos e de nós brasileiros. O “Véio do Rio” é como vinho. Está sempre melhor. Só não vi o George Clooney da redação.

11 de agosto de 2017 – Alexandre Moreira

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