NOTAS DISSONANTES

Arctic Monkeys

Olá, eu sou o Takezo, como você está? O ano de 2022 está tendo um grande número de shows aqui no Brasil, isso é incrível! E na coluna deste mês vamos trocar uma ideia sobre uma banda que vem tocar aqui no nosso país nos próximos dias. É uma banda que me influenciou muito e sou um grande fã, vamos trocar uma ideia sobre Arctic Monkeys.

O Arctic Monkeys se tornou uma das maiores bandas do Indie, sua influência sobre outras bandas dentro do estilo é inegável. Mas o mais louco de tudo isso é pensar que eles começaram como uma banda cover do The Strokes e hoje eles ficaram tão grandes nesse cenário que podemos dizer que estão até maiores que a banda de seus ídolos. O primeiro disco da banda foi lançado em 2006, gravado antes da primeira turnê e se tornou o disco de estreia mais, rapidamente, vendido no Reino Unido, vendendo 360 mil cópias só na primeira semana. O álbum conta com hits como “I Bet You Look Good On The Dancefloor”, “When The Sun Goes Down”, “Fake Tales Of San Francisco”, entre outros. A sonoridade dessa era dos Monkeys é sensacional. As músicas têm muita energia, devido ao conjunto todo. Matt Helders sempre foi um ótimo baterista, tocando com muita força as suas linhas de batera, que são um show à parte nas músicas da banda. A parte das guitarras contém riffs muito cativantes, como na “When the Sun goes down” e “Still take you home”, por exemplo. A base também não deixa a desejar com bases pesadas de guitarras distorcidas. As letras do Alex Turner sempre foram muito inteligentes e a forma como ele encaixa elas com as melodias vocais sempre foram um trunfo muito grande na banda e uma das coisas que mais me fez admirar seu trabalho. Na minha antiga banda a gente tocou músicas do Arctic Monkeys por muito tempo mesmo, e digo que eram umas das minhas partes preferidas do show haha.

O segundo disco da banda, “Favourite Worst Nightmare”, foi lançado em 2007, e, segue a mesma linha de Indie Rock com grande parte das músicas tendo uma pegada mais crua. O álbum recebeu boas críticas e foi um sucesso. O primeiro single “Brianstorm” foi a primeira música que ouvi deles. Lembro que assisti ao clipe desse som na MTV e desde a primeira vez que ouvi já fiquei viciado. Comecei a procurar mais sobre a banda e tocar na guitarra as músicas dos dois discos lançados até então. Os próximos singles também se deram muito bem e se tornaram músicas muito queridas pelos fãs da banda até hoje, que são a “Fluorescent adolescent” e “Teddy picker”. Lembro que quando ouvi a “Teddy picker” fiquei muito impressionado pela melodia vocal criada pelo Turner, porque eu nunca tinha ouvido alguma coisa parecida assim dentro do Indie Rock e fiquei impressionado também pelo riff principal da música, que de certa forma é um riff simples, mas fica na tua cabeça desde a primeira vez que você ouve.

Agora vou dar uma passada rápida pelo terceiro e quarto discos da banda (que também são muito bons). Humbug (terceiro disco da banda) foi lançado em 2009, e, tem uma pegada mais dark em comparação aos outros dois discos. Nesse disco está uma das minhas músicas preferidas da banda, a “Crying Lightning”, esse foi o primeiro single lançado e ditou como o resto do disco soaria. O quarto disco se chama “ Suck it and see” e foi lançado em 2011. A banda disse que buscaria uma sonoridade mais vintage para esse disco. Grande parte das músicas são baladas com uma pegada mais vintage mesmo. São baladas muito gostosas de ouvir, como as músicas “Suck it and see” e “That’s where you’rewrong”. O disco também conta com músicas mais pesadas como a “Don’t sit down ‘cause I’ve move dy our chair” e “Library pictures”.

O quinto disco, AM, fez a banda dar uma alavancada ainda maior na carreira. Foi lançado em 2013, e, se tornou o disco mais vendido e mais querido pela maior base de fãs da banda. AM foi adorado por crítica e público. Eles lançaram seis singles com o disco que se tornaram clássicos instantâneos da banda. Alguns dos singles são “Do I wanna know”, “R U Mine”, “Arabella” e “Why’d you only call me when you’re high”. O disco é uma combinação de vários estilos como Rock psicodélico, Hard Rock, Heavy Metal, R&B e Soul. Na Ledbeder, a gente fez um show tributo ao Arctic Monkeys, nesse show a gente tocou, praticamente, metade desse disco. Além de grandes músicas por si só, elas são realmente muito divertidas de tocar ao vivo!

Passada a fase do AM, o Arctic Monkeys entra na era atual da banda com o sexto e sétimo discos (esse último lançado semana passada). Os discos se chamam Tranquility Base Hotel & Casino e The Car. Essa era da banda dividiu muito sua base de fãs. Eles abandonaram todo o peso de guitarras e bateria. As influências musicais são Rock psicodélico, Space pop, Lounge pop, Soul e elementos de Jazz. Sobre as influências, o vocalista Alex Turner citou o brasileiro Lô Borges! Eu, particularmente, gostei muito dessa nova fase. Eles mostraram um grande amadurecimento musical com músicas muito bem elaboradas que contam com inúmeras camadas dentro de um único som. As composições desses dois discos são muito belas e imersivas. Estes são uns daqueles discos perfeitos para fazer aquilo que tanto falo aqui na coluna, chegar em casa no final do dia, se jogar no sofá e pôr para tocar o vinil do álbum haha.

Se você ainda não conhece o trabalho da banda, vale muito a pena você escolher uma das eras que eu comentei e começar a escutar a obra. Mês que vem vou ter a oportunidade de assistir o show do Arctic Monkeys em Curitiba, se por acaso você tiver a oportunidade de ir, com certeza vai valer muito a pena! Até a próxima!

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