Em 1976, levado por meu amigo Joathan Cesar Quingo de Souza, fui estudar no Colégio São José, após uma espécie de ano sabático em que não havia estudado. Ao chegar no São José, depois das aulas já terem sido iniciadas há uma semana, fui me sentar no fundo da sala. Além de Quingo, já conhecia Beto Jacobs, que havia estudado comigo no Túlio, e, Gilmar Zimmer que havia estudado comigo no Externato Santa Terezinha. Como Quingo já tinha seu círculo de amizades e sentava-se mais ou menos no meio da sala e, portanto, longe de mim, acabei fazendo novos amigos, ou melhor amigas. Minhas primeiras amigas foram Maristela Cotrim, hoje Wengerkiewicz, Maria Matilde Codagnone, que já não está mais entre nós, e, Taís Correia, com quem acabei namorando. Por meio de Maristela, conheci sua irmã, Marilene Cotrim, que anos mais tarde casaria com Zico Buch, também meu amigo. Marilene, muito antes da hora, nos deixou neste 9 de dezembro, entristecendo seus familiares e amigos, nos quais me incluo. Durante um período de minha vida, quando eu ainda era casado com Tereza Ruski, fui muito próximo de Zico e Marilene, de Tite e Maristela e de Zinho e Maria de Fátima, que também partiu sem aviso e muito antes da hora. Tínhamos um grupo que se reunia mensalmente, para jantar, sempre na casa de um de nós. Mas além dos jantares, saíamos bastante juntos e nunca lembro de Marilene de mau humor, ao contrário, ela sempre passava um ótimo astral. Era alegre, brincalhona e seu bom humor era contagiante. No início da era dos cds, me desfiz de alguns vinis, como o primeiro disco de Marisa Monte e, Picture book, o primeiro e melhor disco da banda Simply Red e Café Bleu, um dos primeiros discos do Style Council, uma de minhas bandas favoritas. Um pouco antes da pandemia encontrei Marilene e Zico em um restaurante perguntei a ela se ainda tinha os discos, pois queria comprá-los. Eles não estavam mais com ela que os havia dado a seu irmão Mauro, que por sua vez também não os tinha mais. São lembranças que guardo dessa caríssima amiga. Isso sem falar, que sempre que nos encontrávamos, lembrávamos de momentos felizes. E, em especial do carnaval de 1990, quando depois de um pileque homérico, eu, Tite, Zico e Zinho, assumimos alguns instrumentos de percussão da banda que animava aquele carnaval e tocamos, sabe-se lá de que forma, até o amanhecer. Grandes lembranças, que nos animam a prosseguir sem o sorriso largo e contagiante de nossa querida Marilene. Logo fiz novas amizades com meninas de minha sala, entre as quais Desiré Costa, Neusinha Rosa e Tereza Ruski, que já eram amigas de outras meninas do primeiro ano, Eliziane Wengerkiewicz, Gleici Wengerkiewicz, Vivian Koerner e Cintia Fernandes Luiz, que faleceu, repentinamente, no dia 28 de novembro de 2022, chocando e entristecendo todos que a conheciam. Lembro de seu aniversário de 15 anos, em junho de 1976, comemorado em sua residência. Ainda guardo na memória que levei alguns discos que ela havia me pedido emprestado e também de termos dançado juntos algumas músicas. Naqueles anos passeávamos muito de carro, principalmente, nas tardes de domingo. Cintia já dirigia, assim como Gleici e Elisiane. Às vezes eu passeava com elas e às vezes elas passeavam comigo, quando eu pegava o Passat de tia Lulu ou o Dodge Charger RT de tio René. São belas lembranças que fazem com que eu fique menos entristecido ao lembrar das queridas Marilene Cotrim e Cintia Fernandes Luiz.