COISAS DA BOLA

Uma alegria sem igual – Netos e Netas

  • A cabeça latejava. Dei a chave do carro para ela. Chegamos em casa e ela me fez um remédio. Sentado no sofá, refeito, eu a olhava e pensava comigo, como tive sorte de ter o amor desta mulher. Também me encarando sorrindo, imaginei o que ela devia pensar – que fiz para ser merecedora do amor deste vivente? A vontade de namorar de perto bateu em mim, também nela, quando ela falou que iria arrumar a nossa alcova. Senti que teríamos mais uma linda noite de felicidade.
  • Tocou a campainha, estranhei pelo adiantado da hora. Ao abrirmos a porta demos de cara com as duas netinhas e os três netinhos e todos falando ao mesmo tempo, imploravam:
  • Queremos “posar” com o Nono e com a Vó. Deixa Nono… deixa Vó… ao mesmo tempo diziam para levantarmos cedinho para chutarmos a bola que o menorzinho trazia nas mãos. Refeitos do susto pelo palavreado da netarada, vimos que naquele momento um não era inapropriado, até porque, eles nos davam uma alegria nunca antes sentida. E então, foram ajeitados colchões A cabeça latejava. Dei a chave do carro para ela. Chegamos em casa e ela me fez um remédio. Sentado no sofá, refeito, eu a olhava e pensava comigo, como tive sorte de ter o amor desta mulher. Também me encarando sorrindo, imaginei o que ela devia pensar – que fiz para ser merecedora do amor deste vivente? A vontade de namorar de perto bateu em mim, também nela, quando ela falou que iria arrumar a nossa alcova. Senti que teríamos mais uma linda noite de felicidade.

    Tocou a campainha, estranhei pelo adiantado da hora. Ao abrirmos a porta demos de cara com as duas netinhas e os três netinhos e todos falando ao mesmo tempo, imploravam:pelo chão do nosso quarto de dormir. A noite de idílio com a patroa fora adiada para a semana que vem.

Para reflexão

E, procura os óculos daqui e de lá. Nada de encontrar. Revirou umas dez vezes por cima dos livros e dentro das gavetas da escrivaninha. Procurou nas prateleiras da estante, e nada. E nada deles aparecerem. Eles, simplesmente, tinham evaporado. Cuspindo fogo numa brabeza total, começou a culpar a patroa. Aquela enxerida devia ter remexido em suas coisas. Ela me paga, vociferava o “bagual”. Onde ela estava? Pensou, pensou e lembrou. Ela fora no mercado comprar a cerveja pedida por ele. Então, resolveu ligar a ela, para perguntar sobre os seus benditos óculos, e também para lhe passar um pito.
Pegou o celular e notou a facilidade em digitar os números. Pensou! Nossa, como estou bem da visão. Estou enxergando bem os números na tela. Mais brabo do que estava, ficou. Percebeu, que sempre esteve usando os seus sumidos óculos. Esbravejando e gritando nomes feios, que assustou a vizinhança, começou a xingar o fdp que andou falando pelo mundo, que um homem ao se tornar septuagenário começará a viver na melhor idade.
Bufando menos, mais calmo, já sentado em frente da sua casa, com os olhos marejados, ele percebeu que a tarde tinha chegado em sua vida. Ela voara. Era um privilégio, pois muitos amigos seus já tinham subido. Ao encarar a sua patroa que acabara de chegar, bem em frente ao portão, com os olhos mais marejados, deu-lhe um beijo e um forte abraço. Pegou as cervejas “longneck” que ela acabara de comprar, sentou, novamente, ali e entornou, uma atrás da outra.

COISAS DA BOLA são fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outras frutos da minha imaginação. Qualquer semelhança será puro acaso.

Clique para comentar
Sair da versão mobile