NACO DE PROSA

Outorga da Comenda Pinhão do Vale

Neste ano, a ALVI, Academia de Letras do Vale do Iguaçu, completa 24 anos tendo sempre a responsabilidade de zelar pela língua portuguesa e como principal função promover a preservação da língua e da literatura do Brasil. A ALVI foi fundada no dia 30 de maio de 2000.

No dia 29 de maio de 2024, o auditório da UNESPAR, em União da Vitória, foi palco de uma significativa Sessão Solene de outorga da Comenda Pinhão do Vale, sob a presidência do acadêmico Raulino Bortolini.
A Comenda Pinhão do Vale foi uma iniciativa do acadêmico Odilon Muncinelli, e seu design foi desenvolvido pelo artista plástico Pedro Girardello Neto.
Com o propósito de ser como uma lâmpada acesa, com sua luz brilhando para deixar sempre viva nossa história, a entrega da Comenda Pinhão do Vale teve como objetivo o dever do reconhecimento, cuja melhor maneira de dizer a quem a recebe é: -Agradecemos muito pelo que fez; será eterno em nossa memória, pela pessoa lutadora e guerreira que é, que age com o pulso forte de um gigante, e ao mesmo tempo com a doçura de uma criança.
É um título distintivo de honra, oferecido às pessoas que se destacam por ajudar a engrandecer a sociedade, seja por trabalhos ou influências sociais. Trata-se de distinção rara, que confere ao que a detém, ou seja, ao comendador, um título de honra e alto grau de prestígio social.
Neste ano, foi concedido o título de comenda a quatro personalidades das nossas cidades.
Cada homenageado teve a indicação de um acadêmico da ALVI.
Iniciando a noite, a acadêmica Karim Siebeneicher Brito fez a homenagem ao Dr. Caio Ricardo Bona Moreira. Professor, Doutor Caio Ricardo Bona Moreira nasceu em Porto União, Santa Catarina. Filho de Ana Maria Bona e de Luís Carlos Moreira. Caio é professor e escritor, Doutor em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduou-se em Letras –Português e Inglês pela FAFIUV, hoje UNESPAR e leciona também aqui, no campus de União da Vitória da Universidade Estadual do Paraná.
Dono de um sorriso amável e um doce olhar, parecendo ainda um menino, conquista a atenção das pessoas; e ao falar surpreende pelo seu saber, pela sua experiência.
Porém sua prioridade está em ser um educador. Apesar de se esforçar em publicar e participar de eventos culturais e literários, concentra-se primeiramente na educação, no seu trabalho como professor, que é também um trabalho de mediação cultural.
Desenvolveu uma coleção de livros artesanais intitulada Therezinha Cartonera, reunindo a produção inédita de vários poetas e contistas locais, sendo que desses livros foram distribuídas gratuitamente mais de duas mil cartoneras.
Uma das cópias encontra-se hoje na maior biblioteca de literatura infantil e juvenil do mundo, que se encontra na cidade de Munique, na Alemanha.
Na sequência, a acadêmica Marli Terezinha Andrucho Boldori fez a apresentação do Doutor Charles Ronald Van Santen.
No dia quinze de setembro de 1975, em Carambeí, no Paraná, nasce o filho mais novo, de seis irmãos, do Senhor Leonardo Van Santen e de Dona Marion Gehrmann Van Santen.
Houve um dia para ser estudante de Agronomia, talvez despreocupado; mas houve outro dia, com certeza, um dia para ser médico. Charles Ronald cursou por dois anos Agronomia na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Desistiu, graças a Deus, pois com certeza, Deus o orientou melhor. Teríamos, sem dúvida, um excelente agrônomo, mas estaríamos sem o médico oncologista cuja paixão se reflete em vidas que salva, em vidas que consola, em vidas que ampara. Formado em Medicina em 2001 pela Universidade Federal do Paraná, com diversos cursos e especializações na área de mastologia.
Doutor Charles faz arte; arte de cuidar, de tocar, de ouvir, de aliviar, de curar. Por isso, é um poeta que transforma sintomas em estrofes de cura, criando versos que ecoam na eternidade. Gratidão por suas poesias médicas!
Em seguida, Jair da Silva recebeu a homenagem do acadêmico Padre Emílio Bortolini. Conhecido como “Craque Kiko”, nasceu no dia 28 de agosto de 1955, filho de José Acir da Silva e Lourdes Crestani da Silva. Teve um início de vida difícil, entrou no jogo com chuteiras velhas e surradas que causavam dores físicas aos seus pés. Aguentou zombarias de colegas que machucavam seu coração, porém nunca baixava a cabeça. Teve diversos trabalhos no campo profissional passando do humilde início como dolezeiro, engraxate, jornaleiro, office-boy, para escriturário, chefe de RH, e uma experiência enriquecedora no exército, como Cabo.
Formou-se em Contabilidade, Eletromecânica, Matemática, Geografia e pelos concursos passados com louvor.
Dedica-se, doando seu tempo na valorização e divulgação do futebol amador, ou seja, aquele feito por amor e não por dinheiro.
No campo literário, mostrou sua capacidade e tornou-se um prolífico escritor, com onze livros já publicados. Atualmente, Jair é cronista esportivo e responsável pela coluna “Coisas da Bola”, no jornal Caiçara, onde escreve suas histórias, crônicas e resenhas memorialistas. Fotógrafo por paixão.
A acadêmica Therezinha Leony Wollf fez a apresentação da Senhora Maria Luiza Dissenha Jacobs.
Maria Luiza nasceu em Mandirituba, Paraná, no dia 06 de março de 1932. Filha do senhor João Dissenha e senhora Maria Disolina Secchi Dissenha.
Concluiu seus estudos no Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Curitiba.
O sonho de Maria Luiza, desde cedo, foi o de oferecer um lugar apropriado e bem estruturado para dar conforto às pessoas idosas. Seu sonho concretizou-se com a construção do Lar de Nazaré. Uma associação beneficente sem fins econômicos, fundada em 01 de julho de 1980, com a finalidade de prestar atendimento, em regime de longa permanência, às pessoas idosas, de ambos os sexos, proporcionando-lhes residência, alimentação, vestuário, assistência médica, psicossocial, farmacêutica, fisioterapêutica e religiosa. A casa Lar de Nazaré foi inaugurada em 1986.
Foi uma noite memorável, que com certeza ficará em nossas memórias. Parabéns!

Clique para comentar
Sair da versão mobile