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QUESTÕES DE ESTILO

Dom Walter – Um exemplo de vida

Dom Walter Ebejer, Bispo Emérito de União Vitória – PR, publicou, em 2017, a obra “Minhas Lembranças Missionárias”.
Após lê-la com carinho, resolvi expressar minha imensa gratidão, somada à de todos que dele recebemos um pouco daquele tesouro que guarda consigo, desde Malta.
Deus alojou no coração do menino, frágil ainda, aquela pequenina brasa de fé, que foi crescendo com ele.
Como a jovem mãe que tem seu bebê ao colo e segue seu coração cuidando dele, sempre mais, assim o jovem talentoso e intelectual sente em si irromper com força a energia divina que o guiaria mundo afora.
Sem saber bem como seria, mas disposto a tudo, encara sua missão. Ventos, chuvas, tempestades, enchentes, animais bravios, solidão, foram sendo vencidos, em favor daquele sonho de levar a Luz de Cristo aonde fosse preciso. Não sem algum sofrimento ou dor, mas com vontade firme e propósito claro.
Nem lhe passava pela mente que trocaria os patins por uma mula, e que deixaria um pouco os livros na estante, para ser um tipo de engenheiro civil; ou de economista, buscando recursos para as obras da Igreja. E assim, a cada passo bem sucedido, acrescia outro e mais outro….
Deixar tudo para trás e ir a outras paragens não lhe alterava a essência: continuava a levar, no altar de seu coração, intacta, aquela chamazinha despertada no alvorecer de sua vida. Apenas queimando mais alto…
Torrentes de evangelização, rios de espiritualidade, pétalas de fé, esperança e amor esparsas no ar…. Sementes seletas semeadas no caminho…
É feliz a diocese que o acolheu definitivamente como filho: um filho que veio para servir e compartilhar, fraternalmente, seus dias. A bela apoteose dessa história está condensada no texto ao final de seu livro: “Porém, a intimidade mais misteriosa, e acima de nosso entendimento, é a presença sustentadora de Deus, Criador, Conservador e Provedor acompanhando e cuidando de mim, em cada instante de minha vida.” “…sinto-me como que ser envolvido Nele e por Ele perpassado.” “Ele me possui mais profundamente do que eu a mim mesmo.”
Como retribuiremos tanto amor-doação?
Quem sabe, visitando-o, ouvindo suas histórias, agradecendo-lhe a fé incendida, com carinho e gratidão, como Filhos do mesmo Pai.

16 de maio de 2019 – Fahena P. Horbatiuk

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QUESTÕES DE ESTILO

A Alvi completa 15 anos de existência

Na sociedade surgem grupos de pessoas afins, que se dedicam a uma causa, fortalecendo sua ação e ampliando seu potencial. Surgem times, partidos políticos, clubes recreativos, grupos religiosos, para promover o cultivo espiritual, os esportes, a participação política, o lazer, a dança, as tradições…
Que afinidade haveria entre professores, advogados, músicos, pintores, historiadores, literatos, sacerdotes, para que humildemente se colocassem à disposição do grupo, dispostos a participar, dando e recebendo de seu patrimônio cultural?
Ao dialogar, fraternalmente, sobre assuntos culturais e artísticos, aprofundamos reflexões e pesquisas, vivenciamos a emoção estética ante as obras de arte, e percebemos que coletivamente ultrapassamos os limites individuais e profissionais no âmbito cultural, que é integrado, complexo e fascinante. A cultura pertence a cada um e a todos, não tem um dono. Daí que os resultados vão-se estendendo para a comunidade, de forma agradável, em livros, revistas, eventos artístico-culturais, oficinas, tendo como alvos prediletos as crianças e os universitários – fases decisivas na vida humana.
O amor à leitura, às artes, à produção escrita, à frequência a sessões lítero-musicais são a sementinha para que a criança descubra o transbordar da existência, o fantástico que é viver unindo razão, fantasia, fé e humanismo, muito amor, sem objetivo algum de lucro imediato, de poder ou de status – ser feliz e fazer outros felizes. E os universitários, que estão no auge de sua vontade de melhorar a vida de seu povo, de exercer sua profissão com heroísmo, de tornarem-se adultos competentes, e agora conscientes da necessidade de seu autodidatismo, agarram-se com energia às cordas que lhes são lançadas, principalmente, se atingirem algo que já existe em embrião, no seu ser, e que sentem que é importante, para si e para os outros. Percebem que sua profissão é muito mais que profissão, pode ser forma de vida, com paixão e arte, com participação social e gratuidade.
E como nada se faz isoladamente, a Alvi quer sempre encontrar mãos amigas, que lhe possibilitem um trabalho de maior porte e abrangência – e elas não têm faltado. Daí nossa sincera gratidão aos colaboradores, inclusive a este jornal, cumprindo o lema alviano: “Nenhum dia sem uma linha escrita.”
A Alvi, com seus 15 anos de vida, vem fortalecendo sua atuação em nosso meio. Se os membros são mais novos ou mais experientes, se ao final dos encontros tomam chazinho ou algum suco ou refrigerante, se serão mesmo imortais, se estão ou não com a pelerine, tudo isso é secundário. O essencial está em ser um grupo de pessoas que se dispõem a fazer cultura e arte, a divulgar as belas artes, a pesquisar e divulgar fatos da nossa história regional, bem como a propor medidas que valorizem e produzam mais conhecimento de valor. Por isso tudo essa instituição está de parabéns.
(Fahena Porto Horbatiuk)

12 de novembro de 2015 – Fahena P. Horbatiuk

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