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NOTAS DISSONANTES

Mini Tour parte 1

Olá, eu sou o Takezo! No mês passado, a Indigans começou a segunda parte da mini turnê do EP “Eu não me incluo aqui” que foi iniciada no final de 2022. Essa segunda parte terá cinco shows, fizemos dois até agora. Vou contar um pouco da experiência desses dois primeiros shows.

O primeiro show foi no Rio Grande do Sul em Sapucaia do Sul (grande Porto Alegre). O lugar era bem legal, o show foi em um local aberto com o som no último volume, o que deu uma sensação muito boa enquanto estava tocando (som no talo e vento na cara)! A interação com o público foi bem legal e para nossa surpresa o guitarrista da banda Ultramen estava lá assistindo, o que fez tudo ficar ainda melhor. Depois do show trocamos uma ideia com o pessoal que estava assistindo e também com o guitarrista da Ultramen. Fiquei bem feliz com feedback dele sobre as nossas músicas e nossa performance ao vivo. Uma coisa curiosa sobre esse show foi a casa onde a gente ficou para dormir. Nós chegamos um dia antes do show porque a viagem era longa e cansativa. Saímos um pouco antes das 14 horas e chegamos depois da meia noite, eu estava quebrado demais, só queria deitar e dormir. O terreno da casa era muito massa, tinha um tipo de chalezinho na parte de trás, uma churrasqueira na frente do chalé e a casa em si na parte da frente do terreno. A gente chegou pela parte de trás do terreno, para você ter noção o terreno atravessava a quadra toda (é um lugar realmente bem legal, mas um pouco assustador à noite). Chegamos lá, guardamos o carro e tivemos que procurar onde estava a chave para entrar estava escondida (no escuro), demos uma olhada no terreno e fomos para a casa. Entramos nela, não sei dizer bem certo o porquê, mas era um pouco assustador por dentro. Escolhemos os quartos que cada um ia ficar e fomos deitar. De manhã cedo, o Ale comentou comigo que tinha tido um sonho estranho, mas não quis falar muito sobre (e eu também não fiz muita questão de saber haha). Na parte da tarde chegou o cara que tinha contratado a banda e começou a conversar com a gente. Ele perguntou se a gente tinha dormido bem, a gente respondeu que sim. Ele disse que perguntou isto porque a casa era meio mal assombrada, a gente se olhou e na hora lembrei do sonho do Ale. Diz a lenda que um senhor de idade acabou morrendo lá e tal. Eu não lembro se perguntei ou se o Ale veio contar sobre o sonho, ele disse que no sonho tinha alguém no quarto dele perguntando o que a gente queria, o que a gente estava fazendo ali. Eu sou um cara que não acredita muito neste tipo de coisa, mas não vou mentir que isso me balançou um pouco haha. O dia seguiu, a gente passou o som, comemos uma pizza em uma varanda com o céu estrelado (foi um momento bem massa), assistimos as bandas que tocaram antes, fizemos o show, conversamos com o pessoal que estava lá, desmontamos as coisas e fomos para a famosa casa para tomar um banho, comer algo e dormir. Todo mundo estava meio assim com a história e com o ambiente da casa, mas beleza. Depois de me ajeitar fui para o quarto arrumei a cama, fechei a janela e deitei para dormir. Acabei pegando no sono, só que em algum momento da noite acordei e a maldita janela estava aberta! Eu mesmo fechei essa droga haha. Quase tive uns três ataques nessa hora. Tentei dormir de novo, mas acabei ficando meio acordado o resto da noite. Claro que pode ter sido o vento, era uma janela antiga de madeira que abria para fora, prefiro acreditar nisso. No final deu tudo certo, sobrevivemos haha. De manhã cedo, tomamos um café, carregamos o carro e voltamos. Foi uma viagem peculiar para dizer o mínimo, mas o show foi realmente bem massa e o reconhecimento que tivemos lá foi muito bom.
A história do primeiro show acabou ficando longa né? Mas sem problemas, eu conto sobre o segundo show no próximo mês. Foi legal compartilhar essa experiência! Até a próxima!
No momento da derradeira despedida, houve a tristeza do adeus, mas também a resignação pelas memórias que deixou a todos.
Sabia, sim, de sua importância na cultura, e que era preciso mantê-la viva. Sempre recebia seus leitores, seus amigos, os estudantes, enfim todos com o mesmo sorriso, ficava feliz em saber que era procurado para aumentar o conhecimento de alguém. Ele era um homem incomum e continuará sendo em nossa lembrança, em seus livros, em seus poemas, em sua Coluna Milho no Monjolo, em sua família e, em nossa sociedade.
Descanse em paz, querido Odilon Muncinelli e, se puder sinta orgulho do bem e de todos os ensinamentos valiosos que deixou a tantas pessoas. Até um dia!

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Djavan: Entre Acordes e Poesia

Ei, Takezo aqui! Este mês, vamos desviar um pouco das guitarras distorcidas e amplificadores valvulados para mergulhar na suavidade e profundidade de Djavan, um dos maiores nomes da música brasileira. Se você acha que é só rock que faz o coração bater mais forte, prepare-se para repensar essa ideia. Djavan é a prova viva de que a música não precisa de rótulos; ela só precisa tocar a alma.

Djavan nasceu em Maceió, em 1949, é um mestre na arte de transformar emoções em melodias. Com uma carreira que se estende por mais de quatro décadas, ele se estabeleceu como um dos artistas mais versáteis e inovadores do Brasil. O cara consegue misturar MPB, jazz, samba, bossa nova e até elementos do pop com uma naturalidade que faz a gente se perguntar como não pensaram nisso antes.
Mas o que faz Djavan ser tão especial? A resposta está no equilíbrio perfeito entre poesia e melodia. As letras dele são verdadeiras obras de arte, onde cada palavra é escolhida a dedo para criar uma vibe única. Em canções como “Sina”, “Oceano” e “Flor de Lis”, Djavan nos leva para um passeio pelas paisagens de suas emoções, onde o mar, o céu e a natureza são metáforas para as complexidades do amor e da vida. E é impossível não se deixar levar pelas melodias que ele cria, cheias de acordes inusitados e harmonias sofisticadas, que são a marca registrada de seu estilo. Esses dias tirei um tempo para estudar algumas músicas dele, e cara, fiquei espantado como as sequências de acordes são lindas e complexas, como as letras são belas e profundas, como tudo na música se encaixa perfeitamente.
E se a gente acha que o rock é o único gênero que sabe improvisar, Djavan vem e mostra que a música brasileira também tem suas jams. O cara tem uma habilidade incrível para criar variações melódicas e harmônicas que surpreendem até os ouvidos mais experientes. É como se ele estivesse sempre em busca de novas formas de expressar as mesmas emoções, e cada vez que ele tenta, acerta em cheio. Além de ser um ótimo cantor e compositor, Djavan também é um grande instrumentista. Sua habilidade no violão é algo que merece destaque, com uma técnica refinada que equilibra a delicadeza e a complexidade. Ele faz parecer fácil o que é, na verdade, extremamente difícil: criar arranjos que soam simples, mas que são repletos de nuances e detalhes.
E não dá para falar de Djavan sem mencionar a importância dele para a música brasileira e para a cultura do país. Suas canções têm um apelo universal, mas nunca perdem a essência brasileira. Ele conseguiu mandar a música do Brasil para o mundo, sem abrir mão de sua identidade. Djavan é aquele artista que consegue dialogar com diferentes gerações, passando sua arte de forma atemporal.
Em resumo, Djavan é um verdadeiro mestre dos sons e das palavras. Ele nos ensina que a música não precisa ser barulhenta para ser poderosa, e que a suavidade pode ser tão impactante quanto o mais estridente dos solos de guitarra. Então, mesmo que o rock seja a nossa praia, este mês vamos tirar o chapéu para Djavan, um artista que continua a enriquecer a nossa cultura e a nos mostrar que a música brasileira tem um lugar especial no cenário mundial. Se você ainda não deu uma chance para Djavan, talvez seja a hora de apertar o play e deixar que as ondas sonoras te levem para lugares onde só a música pode chegar.

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Shoegaze: introspecção,barulho e beleza

Ei, Takezo aqui! Vamos falar de shoegaze, aquele estilo de rock que, mesmo se você nunca ouviu falar pelo nome, provavelmente já sentiu algumas sensações que este estilo nos passa. Esse gênero nasceu lá pelo final dos anos 80 e início dos anos 90 no Reino Unido. Imagine uma galera de cabelos desgrenhados, olhos baixos, e pedais de efeitos. Isso é o shoegaze: uma mistura de introspecção, barulho e beleza.

O shoegaze surgiu como uma resposta ao punk e ao pós-punk, misturando guitarras distorcidas com uma pegada mais atmosférica. A ideia era criar um som tão denso que você quase podia tocar. Um dos primeiros a apontar o caminho foi o The Jesus and Mary Chain, com o álbum “Psychocandy” (1985), que abriu as portas para essa vibe mais etérea e cheia de feedback.
Mas o shoegaze realmente ganhou força com bandas como My Bloody Valentine, Slowdive e Ride. Esses caras pegavam suas guitarras, enchiam de efeitos como reverb e delay, e criavam um som que era mais sobre sentir do que ouvir. O vocal muitas vezes era mais um instrumento, misturado na música, quase sussurrando no ouvido.

Apesar de ter tido uma explosão relativamente curta, o shoegaze deixou uma marca profunda na música. A maneira como essas bandas manipulavam o som influenciou uma gama enorme de gêneros. Eles trouxeram uma nova abordagem para a produção musical, focando mais na textura e na atmosfera do que nas estruturas tradicionais de canção.
Muitas bandas foram inspiradas por essa pegada mais sensorial do som. Você pode ver a influência do shoegaze no dream pop, no noise pop, e até no indie rock. O legado do shoegaze está na maneira como abriu espaço para a experimentação sonora, encorajando músicos a brincarem com os limites do que é possível fazer com uma guitarra e alguns pedais.

Quando se fala em shoegaze, é impossível não mencionar o My Bloody Valentine. O álbum “Loveless” (1991) é um marco. Kevin Shields, o gênio por trás da banda, passou anos aperfeiçoando aquele som único e avassalador. É o tipo de álbum que você coloca e se perde dentro dele.
Outra banda fundamental é o Slowdive. Eles criaram algumas das músicas mais bonitas e etéreas do gênero. Álbuns como “Just for a Day” (1991) e “Souvlaki” (1993) são pura poesia sonora. O Ride também merece destaque, especialmente com o álbum “Nowhere” (1990), que misturava melodias doces com uma parede de som distorcida.

O shoegaze nunca morreu de verdade. Depois de um período de hibernação, ele ressurgiu com força. Bandas como DIIV, Nothing e Whirr pegaram a tocha e mantiveram o espírito vivo, trazendo o shoegaze para uma nova geração.
Além disso, muitas das bandas originais do shoegaze voltaram à ativa. O Slowdive, por exemplo, lançou um álbum homônimo em 2017 depois de um longo hiato, e foi um sucesso. O My Bloody Valentine também voltou com “m b v” em 2013, mostrando que ainda tinha muito a dizer.

O shoegaze é mais do que um estilo de música; é uma experiência sensorial. É sobre se perder nas camadas de som, deixar-se envolver pelas guitarras distorcidas e pelos vocais etéreos. Ele continua a influenciar e inspirar, mostrando que, mesmo depois de décadas, ainda tem um lugar especial no coração dos amantes da música.
Se você ainda não mergulhou nesse mar sonoro, pegue seus fones de ouvido, deite-se no sofá e deixe o shoegaze te levar. Prometo que vai valer a pena.

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Kurt Cobain

Ei, Takezo aqui! Vocês conseguem acreditar que já se passaram 30 anos desde que o mundo perdeu um dos ícones mais marcantes da música? É isso mesmo, estamos falando sobre Kurt Cobain, o cara que revolucionou o mundo do rock e deixou uma marca inigualável em nossos corações e mentes. Me lembro como se fosse ontem quando ouvi pela primeira vez aquela guitarra distorcida de “Smells Like Teen Spirit”. Foi como uma explosão no mundo da música. Kurt, com sua voz rouca e letras profundas, trouxe uma nova energia ao rock’n’roll. Ele não só falava para uma geração, mas para várias, e suas músicas ressoam até os dias de hoje. O impacto de Kurt Cobain vai muito além de suas músicas. Ele personificou uma geração inteira. Sua atitude antissistema e sua sinceridade brutal inspiraram milhões de jovens a encontrar suas próprias vozes e expressar suas próprias verdades, não importando o quão sombrias ou controversas pudessem ser.
Mas, infelizmente, Kurt também nos deixou cedo demais. Sua morte trágica aos 27 anos deixou um vazio no mundo da música que nunca será preenchido. No entanto, seu legado continua mais forte do que nunca. Suas músicas continuam a tocar nas rádios, suas camisetas continuam a ser usadas por fãs de todas as idades e sua influência continua a ser sentida em bandas que surgem a cada dia. Uma das coisas mais marcantes sobre Kurt Cobain foi sua autenticidade. Ele nunca tentou ser algo que não era. Ele não tinha medo de mostrar suas fraquezas, suas lutas e suas imperfeições. E é isso que o torna tão amado e admirado até hoje. Ele era um dos nossos, alguém com quem podíamos nos identificar, alguém que entendia nossas dores e nossos anseios. Além disso, Kurt foi um verdadeiro artista. Suas letras eram poesias brutais que tocavam a alma. Ele conseguia expressar emoções complexas de uma forma que poucos conseguem. Sua música era como uma terapia para muitos de nós, um lembrete de que não estamos sozinhos em nossas lutas.
Mas não podemos falar sobre Kurt Cobain sem mencionar o impacto do Nirvana como um todo. A banda não só ajudou a definir uma era, mas também abriu as portas para uma nova onda de música alternativa. Eles mostraram ao mundo que o rock ainda tinha muito a oferecer e que não precisava se conformar com as normas estabelecidas pela indústria. É difícil dizer o que Kurt estaria fazendo hoje se ainda estivesse entre nós. Talvez estivesse liderando uma nova revolução musical, talvez estivesse aproveitando sua aposentadoria em algum lugar tranquilo, longe dos holofotes. Mas uma coisa é certa: ele nunca será esquecido.
Então, enquanto falamos sobre os 30 anos da morte de Kurt Cobain, vamos lembrar não apenas da sua música, mas também do homem por trás dela. Vamos lembrar do seu sorriso tímido, do seu cabelo bagunçado e do seu espírito indomável. Vamos lembrar do legado que ele deixou para trás e do impacto que ele teve em nossas vidas. Kurt Cobain pode ter partido, mas sua música viverá para sempre. E isso, meus amigos, é algo verdadeiramente especial.

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