Por: Deividson Luiz Okopnik
Vivemos, atualmente, em uma situação única, singular em nossas vidas. Devido à pandemia e ao isolamento, a tecnologia tem se mostrado cada vez mais eficiente e se colocado como uma maneira de sanar lacunas e de permitir encontros, discussões, reuniões e aulas – atividades que, sem o uso da tecnologia, seriam impossíveis neste momento em que vivemos.
Ao mesmo tempo em que facilita, o uso destas tecnologias escancara também uma grande quantidade de problemas de nossa sociedade. As diferenças de acesso, que incluem, por exemplo, as diferenças de equipamentos e de qualidade de conexão – essas são apenas algumas das variáveis que podem ilustrar que as experiências com as tecnologias são diferentes de pessoa para pessoa. Não é novidade que, ao mesmo tempo em que algumas pessoas estão aproveitando o período para acompanhar diversos cursos e palestras, aprimorar seus estudos, dentre outros; muitos não possuem condições (técnicas ou psicológicas) se quer para acompanhar suas aulas ou seu serviço remoto, muito menos para possibilitar a adoção de tarefas novas.
Dentre as ferramentas tecnológicas que têm se tornado essenciais temos as ferramentas de comunicação – Whatsapp, Discord, Telegram e o e-mail, que estão entre as mais utilizadas. Essas ferramentas são vantajosas, pois seu formato proporciona a comunicação através do envio de mensagens, textos, áudio e vídeos que podem ser baixados e acessados no momento em que acharmos oportuno. Assim, pode-se dizer que nos possibilita a comunicação mesmo se estivermos usando uma internet de menor qualidade e/ou velocidade, inclusive por planos de telefonia móvel. Nesses casos, mesmo que haja demora ao baixar um arquivo, como um vídeo, por exemplo, uma vez que este já tenha sido baixado não há travamentos ou falhas na sua reprodução. Outro recurso importante é permitir funções como o uso de grupos e de confirmação de envio/recebimento das mensagens, que ampliam as possibilidades de utilização por empresas, escolas ou grupos que precisam se comunicar de maneira eficiente.
Aproximando mais o olhar para as salas de aula virtuais, realidade instaurada nos últimos meses em grande parte do planeta, outro tipo de comunicação importante para a sala de aula é o de Videoconferência, como o Google Meet, Zoom, Google Teams. Esses são exemplos de ferramentas que permitem a comunicação em tempo real: reuniões e aulas de maneira bem similar às presenciais. Porém, tecnologicamente falando, esse tipo de ferramenta apresenta um obstáculo: é muito dependente da qualidade da internet dos envolvidos. Por isso, travamentos e diminuição da qualidade são comuns e podem dificultar o entendimento do conteúdo trabalhado. É importante notar que tanto a pessoa que está transmitindo, quanto as que estão recebendo o áudio/vídeo podem, dependendo de sua internet, ter sua comunicação perpassada por travamentos, o que faz os problemas se multiplicar, além de ser impraticável em internets móveis e/ou com franquias, pois seu consumo de dados é gigantesco.
Plataformas de vídeo, como o Youtube, também podem ser utilizadas para distribuir conteúdo. Sua principal vantagem está na possibilidade do aluno assistir quando quiser as vídeo-aulas, sendo, portanto, mais flexíveis. Há ainda a possibilidade de pausar o vídeo e continuar em outros momentos, além de poder carregar os vídeos de maneira prévia, evitando gargalos e travadas nos vídeos. Esse tipo de conteúdo, porém, são mais difíceis de produzir por parte dos professores e, portanto, menos utilizadas. Como é possível notar, são diversas as tecnologias e possibilidades de interação por meio da tecnologia, e cada uma tem suas vantagens e desvantagens – dificilmente sendo alguma delas a melhor em todos os casos. Portanto, há grande vantagem na utilização de várias ferramentas, ou todas elas, em conjunto, desta forma evitando gargalos tecnológicos (como problemas de conexão ou de equipamento) ou de organização, como é o caso de problemas de organização de alunos. A utilização de diversos recursos tecnológicos, aparentemente, seria a melhor solução.
2 de outubro de 2020 – Conexão IFPR